quinta-feira, 19 de novembro de 2015

RIO SEM ÁGUA E SEM VIDA

As poucas cacimbas(foto) existentes no Rio do Sangue(foto) foi o que restou de água no citado  rio que desde o ano de 1917  era perene, por conta da liberação de água do açude público Boqueirão, construído pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas-DNOCS, no distrito de Pasta, municipío de Solonópole. "Nunca tinha visto ele seco, tenho 96  anos de idade, faz pena vê-lo desse jeito", diz o aposentado Leó Pombo. Luís Lúcio(foto) tem uma  propriedade rural no sítio Jurema, nas margens do rio do sangue e afirma, "moro aqui desde 1968 e nunca vi o rio desse jeito". Além da falta de água, o rio sofre e morre lentamente com a degradação que ao longo dos anos, deixou-o mais profundo e sem praticamente mata ciliar. A retirada de areia para construção civil, aprofundou e fez desaparecer as árvores(oiticica) que tinha nas suas margens. Esse dano ambiental sempre foi ignorado pelas autoridades competentes. A parte mais estreita do rio fica por trás do açude Boqueirão. Segundo o professor de história Neto Leão, se não houver um trabalho de revitalização do manancial, "o rio vai morrer totalmente" e vai demorar a sua perenização, provocando danos ambientais e social, econômico, em função do grande número de famílias que residem próximo ao rio. HISTÓRIA - Relata o historiador Raimundo Girão no seu livro Histórias do Ceará, que a nascente do rio do sangue é na localidade de Luna, município de Acopiara e tem uma extensão de 105 quilômetros. Existe quatro versões  de acordo com o professor Neto Leão sobre a denominação  rio do sangue. Uma batalha entre os índios Tararius e bandeira de Matias Cardoso, que escorreu sangue nas águas  do rio. Ressalta no entanto Neto "que essa versão é pouco provável, porque a luta foi no mê de agosto".



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