Sem água para o consumo humano e animal, famílias inteiras estão deixando suas moradias na zona rural e indo morar na cidade. "Aqui pelo menos água tem, além de ser mais seguro, ao contrário do campo, que está faltando até mão de obra. Estou satisfeito aqui na cidade", disse o aposentado Zoroasto Pinheiro(foto), que desde o ano passado se transferiu da localidade Lagoinha para cidade. Dessa região, sete famílias se mudaram também, pelo mesmo motivo, falta d'água e segurança. No assentamento Borges, das 27 famílias, seis deixaram este ano o local e procuraram outros endereços para viver. E daqui para o final do ano, outras pessoas vão fazer o mesmo, pior mesmo será no próximo ano senão chover, conta o assentado Francisco Ricardo. Dos quatro açudes existentes no assentamento, três já secaram totalmente, inclusive um construiu do na década de 40. Uma cacimba(foto) os animais sedentos procuram um resto de água. Próximo dali, o fazendeiro Gilberto Cunha vendeu 150 animais, também por falta de água e alimento. Na localidade de Ipueiras, na zona norte do município, famílias como a de Raimundo Peixoto(foto) trocou a vida, antes tranquila da zona rural, pela cidade, "nós nascemos e se criamos na zona rural, mas ultimamente as condições desfavorável, nos mandou para rua". Desde julho que o criador Francisco Maia na localidade de Caiçara, já gastou R$ 800,00 com água para os animais(130), "tem sido difícil, mas não quero ver os bichos morrer de sede", conta Titico como é chamado o criador. Segundo o comerciante Afonso Cunha Saldanha, aproximadamente cinco mil cabeças de gado foram vendidas este ano, para o abate ou recria. A maioria desses animais foram para feira de animais, na cidade de Quixadá. POÇOS- Perfurar poços artesianos ou até mesmo escavar cacimbas nos leitos secos de rios e riachos, tem sido a solução , mesmo paliativa, que muitos criadores encontraram. Nas localidades de Desterro e Caiçara dois poços foram perfurados e equipados pela Superintendência de Recursos Hídricos. Outros para serem recuperados, foram solicitados pela prefeitura municipal. Recentemente vereadores junto com o deputado estadual Antônio Granja foram a SOHIDRA solicitar a perfuração de onze poços profundos para diversos locais do município. Ao longo do rio do sangue(está totalmente seco) dezenas de cacimbas foram escavadas, para retirar água para os animais. O inconveniente tem sido o preço cobrado pelos operadores de máquinas, em torno de R$ 350,00 por cada hora trabalhada. Desde julho que uma máquina da prefeitura está parada esperando um mecânico para fazer manutenção da mesma. "Essa máquina se estivesse trabalhando já teria feito muitas cacimbas, é um absurdo essa situação", reclamou o vereador Edilson Nobre. FUNCEME - Uma nova seca está sendo prevista pela Fundação Cearense de Meteorologia-FUNCEME, "o aquecimento do oceano pacífico tem persistido em alta, o que afeta diretamente o El Nino. Essa tendência de aquecimento acende a luz vermelha de alerta, porque vemos que o movimento está muito parecido com 1997, e já existem alguns comunicados de institutos que El Nino pode superar 1997, que gerou uma seca no Ceará". Em assim sendo, a agonia do sertanejo vai ser terrível. Os açudes secos e a falta de alimentos vão causar a morte do rebanho animal, que tem um expressivo número na economia do município.
sábado, 10 de outubro de 2015
FALTA D'ÁGUA ELEVA O ÊXODO RURAL
Sem água para o consumo humano e animal, famílias inteiras estão deixando suas moradias na zona rural e indo morar na cidade. "Aqui pelo menos água tem, além de ser mais seguro, ao contrário do campo, que está faltando até mão de obra. Estou satisfeito aqui na cidade", disse o aposentado Zoroasto Pinheiro(foto), que desde o ano passado se transferiu da localidade Lagoinha para cidade. Dessa região, sete famílias se mudaram também, pelo mesmo motivo, falta d'água e segurança. No assentamento Borges, das 27 famílias, seis deixaram este ano o local e procuraram outros endereços para viver. E daqui para o final do ano, outras pessoas vão fazer o mesmo, pior mesmo será no próximo ano senão chover, conta o assentado Francisco Ricardo. Dos quatro açudes existentes no assentamento, três já secaram totalmente, inclusive um construiu do na década de 40. Uma cacimba(foto) os animais sedentos procuram um resto de água. Próximo dali, o fazendeiro Gilberto Cunha vendeu 150 animais, também por falta de água e alimento. Na localidade de Ipueiras, na zona norte do município, famílias como a de Raimundo Peixoto(foto) trocou a vida, antes tranquila da zona rural, pela cidade, "nós nascemos e se criamos na zona rural, mas ultimamente as condições desfavorável, nos mandou para rua". Desde julho que o criador Francisco Maia na localidade de Caiçara, já gastou R$ 800,00 com água para os animais(130), "tem sido difícil, mas não quero ver os bichos morrer de sede", conta Titico como é chamado o criador. Segundo o comerciante Afonso Cunha Saldanha, aproximadamente cinco mil cabeças de gado foram vendidas este ano, para o abate ou recria. A maioria desses animais foram para feira de animais, na cidade de Quixadá. POÇOS- Perfurar poços artesianos ou até mesmo escavar cacimbas nos leitos secos de rios e riachos, tem sido a solução , mesmo paliativa, que muitos criadores encontraram. Nas localidades de Desterro e Caiçara dois poços foram perfurados e equipados pela Superintendência de Recursos Hídricos. Outros para serem recuperados, foram solicitados pela prefeitura municipal. Recentemente vereadores junto com o deputado estadual Antônio Granja foram a SOHIDRA solicitar a perfuração de onze poços profundos para diversos locais do município. Ao longo do rio do sangue(está totalmente seco) dezenas de cacimbas foram escavadas, para retirar água para os animais. O inconveniente tem sido o preço cobrado pelos operadores de máquinas, em torno de R$ 350,00 por cada hora trabalhada. Desde julho que uma máquina da prefeitura está parada esperando um mecânico para fazer manutenção da mesma. "Essa máquina se estivesse trabalhando já teria feito muitas cacimbas, é um absurdo essa situação", reclamou o vereador Edilson Nobre. FUNCEME - Uma nova seca está sendo prevista pela Fundação Cearense de Meteorologia-FUNCEME, "o aquecimento do oceano pacífico tem persistido em alta, o que afeta diretamente o El Nino. Essa tendência de aquecimento acende a luz vermelha de alerta, porque vemos que o movimento está muito parecido com 1997, e já existem alguns comunicados de institutos que El Nino pode superar 1997, que gerou uma seca no Ceará". Em assim sendo, a agonia do sertanejo vai ser terrível. Os açudes secos e a falta de alimentos vão causar a morte do rebanho animal, que tem um expressivo número na economia do município.
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