Sem dinheiro no bolso, sem lenço e sem documento, é uma letra das músicas de Raul Seixa, que é quase semelhante a vida de Francisco das Chagas Nogueira(foto), e com uma agravante, doente e desprezado por praticamente toda a sociedade, inclusive a família. Sorte dele que os vizinhos, também pobre, ajuda-o, "quando sobra eu dou a ele", diz Francisco Jerônimo. No mês de julho foi feito uma campanha de doação de alimentos, e até objetos de casa, rádio, tv, fogão, mas "da campanha ainda tem café, mas já está acabando", conta Chagas com um fio de esperança que alguém lhe ajude. Na época da campanha, apareceu uma agente de saúde na casa dele, e o cadastrou no programa federal Bolsa Família, mas até agora ele não recebeu nenhum centavo. Até a família, virou as costas para ele, que vem nesse sofrimento desde 2009, quando morava em Morada Nova e veio embora pra Jaguaretama. A aposentadoria por invalidez foi encaminhada pela Previdência Social, mas foi negado. Sem poder andar, devido dores nas pernas, Chagas vive exclusivamente da ajuda dos outros, até o aluguel do apertado quarto que ele mora, está com os dias contados. Em meio a tanta dificuldade, ele diz "estou vivendo do jeito que Deus quer".
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