Um abaixo-assinado com mais de 700 assinaturas de moradores do distrito de Feiticeiro, município de Jaguaribe, foi entregue ao coordenador do núcleo de gestão da Companhia de Gestão e Recursos Hídricos, da cidade de Limoeiro do Norte, Leandro Nogueira,(foto) durante reunião para alocação de água do açude público Joaquim Távora. De acordo com a diretora escolar Aline Teixeira,(foto) "o que foi acordado em julho passado, para retirada dos motores em torno do açude, não foi cumprido pela COGERH, e nós decidimos não mais aceitar essa situação, porque ninguém garante que no futuro teremos água". A mesma opinião tem a professora Neuma Facundo(foto), "nós passamos 14 anos sem água, e agora estamos defendendo nossa sobrevivência, não é justo ficarmos sem água novamente, vocês gestores vem aqui e depois vão embora, e nós é quem vamos sofrer". Outro que defende a suspensão imediata da irrigação é o professor José Jorge Rodrigues que frisou "se não tiver meios legais, vamos usar a força do povo". Questionam as pessoas que os vazanteiros ou irrigantes utilizam a água sem outorga e mais, cometendo um crime ambiental, ao retirar a mata nativa e assoreando o açude. Decidiram por maioria das pessoas, formarem uma comissão e procurar o Ministério Público Federal para denunciar o caso. Para Leandro Nogueira o uso da água pelos irrigantes não é tão comprometedor em função do volume do reservatório "que é ainda é confortável, se compararmos com outros açudes", e disse "se os motores forem retirados vai causar um viés social muito grande". Já o supervisor do DNOCS Francisco Alves de Andrade , assegurou que os vazanteiros tem um contrato com o órgão que "dar direito usarem a água do açude". TRANSPOSIÇÃO - O açude Joaquim Távora recebe água do açude Orós, distante 42 quilômetros. A transposição da água feita por tubulação e declive(riachos) passa por três barragens Croatá, Pedra Branca e Córrego das Pedras. Uma adutora retira água da barragem Pedra Branca e leva para o distrito de Nova Floresta. Carros Pipas também retiram água da barragem para abastecer a região. Devido a crise hídrica, a COGERH decidiu suspender a liberação de água para as famílias que estão a jusante do açude Joaquim Távora, causando reclamações de produtores rurais. Participaram do evento realizado na quadra esportiva da Escola Militana Paz, representantes da EMATERCE, SAAE, DNOCS, além de estudantes, populares e vereadores. Nenhum dos irrigantes compareceram a reunião. Sobre previsão de chuvas para o ano 2016, Leandro disse "o fenômeno El Nino está respingando no Ceará e é provável que seja de poucas chuvas".
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