sábado, 2 de janeiro de 2016

A CRISE DA PECUÁRIA

A falta de água e pastagem nativa,  o preço alto da ração ao contrário do preço do leite, afetaram em cheio a crise na pecuária bovina, obrigando os criadores a venderem seus animais. Calculam os compradores de gado que no ano passado foram vendidas mais de sete mil animais para corte e recria. O rebanho  do município, pelos dados da Agência de Defesa Animal é de 46.270 , mas este número se confronta com a realidade, inclusive dos veterinários Nelson de Freitas, que é comerciante "este número é falso, eu vendi trinta mil doses na última campanha de vacinação da febre aftosa". o mesmo entendimento tem outro veterinário, Expedito Diógenes que é também presidente do Sindicato Rural, "eu concordo com o Nelson, nós não temos esse rebanho que a ADAGRI diz". Informações do escritório local da EMATERCE em novembro foram vacinados 40.908 animais. Para  Expedito 2015 foi o pior ano  para pecuária, "porque nem tivemos água e nem pasto, sem contar que faltou incentivo do governo". O preço do milho da CONAB e a torta de algodão são inacessíveis para a maioria dos criadores, afirma Expedito. Muitos só não viu o rebanho morrer de fome, porque usou o xique-xique para "escapar" os bichos. No caso de Maria Leão,(foto) que passou o verão todinho dando o cacto para suas 40 cabeças. A sorte de muitos criadores, inclusive  Expedito, foi que na noite de natal caiu uma boa chuva, e recarregou muitos açudes. "Lá não tinha água nem pra uma rolinha beber", diz o criador. A queda na produção leiteira atingiu os fabricantes de queijo, como Francisco Neres, que calcula numa redução de mais de 30% do leite produzido no começo do ano de  2015.  




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