ESTUDANTE TROCA CELULAR POR LIVROS

Avesso a celular, bebidas, jogos, forró, e até televisão, diversões preferidas pela maioria dos jovens, o estudante Francisco Gleison Nogueira de Souza, 16 anos é uma exceção no que mais gosta de fazer, lê livros de preferência  literatura(romance, ficção e mitologia grega). Ele pra se ter uma ideia, no ano passado leu 60 livros todos do acervo das biblioteca pública e da escola Instituto Imaculada Conceição onde estuda o 2º ano do ensino médio. Gleison se considera um jovem diferente e ver na leitura "uma porta para abrir novos horizontes e não deixa ninguém cego". Relata ele que o gosto pela leitura começou aos 12 anos, como "forma de matar o tempo", e os primeiros livros lidos foram da escola municipal Carloto Pinheiro. O livro Monte 5 do escritor consagrado Paulo Coelho, foi o que lhe chamou mais atenção, "pela perseverança e acreditar nos planos de Deus". Irmão de três jovens, Gleison é filho da empregada doméstica Francisca Gerlânia que a todo momento incentiva o filho a estudar, "é melhor do que está na rua e que através do estudo poderá um dia ser um profissional conceituado". Relata o estudante que quando terminar o ensino médio vai tentar concurso público e posteriormente pensar numa faculdade e Enem. Ele não sabe precisar quantos livros já leu, aproximadamente  150, e em média são dois dias para lê um livro. A internet(epidemia do século) é vista pelo estudante como um ótimo meio de comunicação, "porém está matando a juventude". Sobre televisão o jovem só assiste programas jornalísticos, se diz católico e tem a mãe como seu norte, "um dia vou dar uma casa pra ela morar". As escolas onde ele estudou foram Gonzaga Mota, Raul Barbosa, Carloto Pinheiro e atualmente Instituto Imaculada Conceição. No ano de 2019 foi aluno nota 10. Matemática é a disciplina que mais gosta. DIFERENCIADO- Para Marciana Silva, diretora da biblioteca pública Maria Doralice, o estudante Gleison é um aluno diferenciado "porque  busca o conhecimento em diversas áreas, não somente na literatura, mas em história e política". Diz mais, "ele leu o livro Casa Grande e Senzala que poucos professores sequer conhece. Duas irmãs(Gabriela e Geovana) segundo Marciana vão no mesmo caminho, e juntas   já leram mais de cem  livros, "está no DNA da família o gosto pela leitura", finaliza a diretora...Em média 2,43 brasileiros lê livro por ano. O estudo revelou ainda que 30% da população nunca comprou um livro. A pesquisa Retratos da Leitura foi feita em 2016 pelo Instituto Pró-livro.

Gleison Souza

Marciana Souza