O PREÇO DA VELHICE

Depois dos sessenta anos as pessoas entram na fase da terceira idade, deixando pra trás os tempos bons  que que não voltam mais. Mas a vida continua, porém com menor intensidade, menos mobilidade, menos energia, menos em quase tudo. Evidente que começa a surgir os contratempos que é natural, como problemas de saúde e fragilidade física e mental, é claro variando de pessoa pra pessoa. Recomenda os especialistas que as pessoas idosas devem praticar alguma atividade física, se alimentar bem, fazer dieta,   mas sem descuidar da saúde. Concomitante a isso vem os casos que são comuns na terceira idade, o abandono da família, a solidão, doenças, stress, sendo o isolamento familiar um pesadelo e um desafio pela sobrevivência. Inúmeros casos de pessoas idosas que vivem em situação de abandono ou negligência da família foram constatados pelo conselho municipal da pessoa idosa. Segundo Helena Mota Mortes, secretária executivas dos conselhos municipais, no ano passado foram confirmados seis, três na cidade e os outros na zona rural. Sendo necessário o acompanhamento dos profissionais dos centro de referência da assistência social. "Foi o ano das denúncias contra os direitos dos idosos. Felizmente todos os casos foram resolvidos de forma consensual com a família", frisou Helena. Conta ela que um filho usava o cartão da aposentadoria da mãe pra comprar bebida. Outro caso semelhante, uma filha comprou um moto fazendo empréstimo bancário com o cartão da aposentadoria da mãe. Sem mobilidade e sem domínio de seus atos, muitos idosos viram refém dos filhos, que se apoderam dos cartões do INSS para cometerem esse tipo de coisa. Comenta-se que alguns comerciantes  da cidade retém cartões dos aposentados como forma de receber o dinheiro das compras efetuadas nos mercantis. Os casos mais comuns são de empréstimos consignados feitos por familiares dos idosos, que tem como procurador um filho ou outro parente. É bom que se diga que essa situação não é regra. Existem sim casos que os pais são bem "cuidados" pelos filhos, um exemplo é José Rodrigues da Silva, conhecido por Zé de Neusa. Ele depois que ficou  viúvo, passou a morar na companhia do filho mais novo, Josinei, E afirma, "eu acho a vida boa, só em está com saúde já tá de bom tamanho". Sua vizinha, Gezilda Silva também viuva mora na companhia de familiares e diz estar contente  com a vida que leva. Ao contrário de Gezilda e Zé de Neusa, a dona Áurea Peixoto, que mora na localidade Torrões deve ter muita coisa para contar, em virtude da sua situação. Ela mora sozinha, apesar de ser doente e de ter familiares próximo a sua residência. Uma visita de profissionais da secretaria de assistência social  considerou como negligência a situação da idosa, mesmo considerando que uma pessoa dorme com ela durante a noite.  Marciana Barreto recém eleita presidenta do conselho municipal do idoso afirmou que as denúncias que chegam ao conselho "são mais de questões financeiras e negligência e que todas serão apuradas".IBGE- De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a população idosa do Brasil já é maior que a de jovens até 14 anos de idade. Uma projeção feita pelo órgão aponta que em 2050 os idosos ultrapassem os 66 milhões de pessoas. Dados revelam que a família brasileira atualmente é formada em média por  três a quatro pessoas. No município os beneficiários da Previdência minimo do governo federal passa de 500.

 

 Zé de Neusa

 Gezilda Silva