quarta-feira, 17 de maio de 2017

CHUVAS FICAM ABAIXO DA MÉDIA E 46% MENOS QUE 2016

Considerando o fim da estação chuvosa em maio, o quadro de chuvas não foi nada animador em grande parte do  município. Na cidade de janeiro a maio choveu 290 mm, menos 46%  que o mesmo o período do ano passado, que foi  530 mm. Entretanto em localidades como São Francisco, Barbatão, Aroeiras, Cumbe, Várzea Grande, Possinhos as chuvas superaram as espectativas e os pequenos açudes recarregaram. Disse o agricultor Geraldo  Carneiro que mora no sítio  São Francisco, que o último ano que choveu muito foi em 2009, "mas este ano o inverno foi  bom e os açudes da região quase todos encheram". Ao contrário do São Francisco, a região dos assentamentos agrícolas como Santa Bárbara, Alegre, Campina Alegre, Luis Ferreira,  Serrote Branco, Serrote  do Mato, Sitio Novo, Flores Belas, Bom Jardim, Timbauba, os reservatórios não recarregaram e o temor dos agricultores é com relação a água "que no verão não terá nem para os animais". Segundo o assentado Edimar Raimundo da Silva, que reside no assentamento Serrote do Mato, " a água  para os animais está sendo comprada, e muitas famílias não tem nem para beber". No sítio  Almas a situação não é diferente, a falta de água está mudando a rotina dos moradores, e alguns  são obrigado a mudar de residência. É o caso de Wilton Bezerra que disse que vai vender o terreno e vir morar na cidade. Criadores como os irmãos Luís Silvano e Ciomar Lemos que moram na localidade de Jordão,  venderam 52 bovinos porque não tem água suficiente para os animais. Para a maioria dos criadores o inverno deixou muita pastagem nativa que serve  para alimentar o rebanho animal, mas fiam cauteloso, quanto ao verão, que devido o calor a pastagem logo vai secar. Na câmara municipal o vereador e criador Élder Pinheiro abordou o assunto com muita preocupação, "se na zona rural a situação é ruim, a cidade também poderá ficar sem água, nós estamos dependendo da transposição do rio são Francisco, senão vai ter que cavar poços profu0ndos". A cidade é abastecida por uma adutora que traz água do rio Jaguaribe, alimentado pelo açude Orós, que atende municípios da região jaguaribana e metropolitana, além de localidades rurais. De acordo com a diretora de operações da COGERH, Débora Rios, "infelizmente  não houve recarga que se esperava para o Orós e Castanhão, e que este ano as chuvas estiveram mais concentradas na região norte". Tanto o sertanejo como os metereologistas não acreditam que ainda tenha chuvas significativas. As precipitações  devem permanecer finas, isoladas e passageira, observou o metereoloista da FUNCEME, Leandro Valente, segundo ele a zona de convergência se afastou para o ponto de origem. SAFRA - A secretaria de agricultura do município estima que a safra de feijão será melhor que a do ano passado, já a produção de milho a perda de acordo com o secretário Eudivan  Silva, "superará os 80%, mas este dado oficial só será fornecido depois que foi feito junto com a Ematerce uma amostragem, para efeito do seguro safra". Para discutir  a situação hídrica do município e da  região, haverá uma reunião dia 25 no salão paroquial com o pessoal da caritas da diocese de Limoeiro do Norte e representantes  de órgãos ligados ao setor. Por falta de comprador, alguns agricultores estão colhendo o milho e feijão e guardando. Os compradores do município, Beto da Codagro e Irineu não mais compra a produção.
açude do assentamento Luis Ferreira

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