quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
JUSTIÇA BLOQUEIA FPM DA PREFEITURA PARA PAGAMENTO DE SERVIDORES
A decisão interlocutória foi do juiz da comarca Caio Lima Barroso, que acatou ação civil ajuizada pelo Ministério Público Estadual, contra o município de Jaguaretama e Ila Maria Pinheiro Nogueira. Diz o juiz, "é fato público que a administração municipal vem há vários meses atrasando o pagamento dos servidores, e em razão do aporte de RS 1.030.633,87(repatriação de recursos do exterior) que este numerário seja destinado prioritariamente a quitação da folha de pagamento dos servidores, de forma que a presente gestão não finde sem quaisquer débito a esse título". Continua o magistrado, "a demandada não vem cumprindo com a obrigação de pagar em dia o salário do funcionalismo, inclusive dando azo ao ajuizamento de inúmeras ações judiciais, como por exemplo a execução do Termo de Ajustamento de Conduta, o qual foi descumprido". Cita também que a presente decisão "será tão somente a destinar as verbas do Fundo de Participação dos Municípios, deduzidas os descontos legais, até o final do presente exercício, razão pela qual o município não sofrerá quaisquer lesão a sua ordem, saúde ou economia pública, por restarem as verbas remanescentes para o desempenho da administração". Conclui o juiz Caio Lima, "o histórico de inadimplência do município é grave, além de submeter a situações de constrangimento os funcionários". Foi a agência do Banco do Brasil local, oficiada da decisão judicial, para que seja procedida a destinação do numerário recebido à título do FPM, para pagamento da folha dos servidores, sob pena de multa de até 20% do valor da causa por ato atentatório a dignidade da justiça. Há informações de que a prefeita Ila Nogueira já recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça. De acordo com a dirigente sindical Nerivanda Lopes de Lima, a decisão da justiça veio em boa hora e foi por conta de várias ações impetradas contra a prefeitura. "Nós passamos quatro anos sendo tratada pela gestão com indiferença, e agora a justiça agiu corretamente, esperamos que a decisão não seja modificada pelo tribunal", disse ela.
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